Estatísticas do Herpes Genital nos Estados Unidos

Alguns números sobre a alta prevalência do herpes genital nos EUA:

  • 16,2% da população total tem HSV-2 (1 em cada 6 pessoas).
  • Isso equivale a aproximadamente 24,1 milhões de pessoas.
  • 11,5% dos homens.
  • 20,9% das mulheres.
  • 776 mil novos casos por ano.
  • 81% das pessoas infectadas não sabem que tem.
  • 60% das mulheres infectadas nunca tiveram sintomas ou crises.
  • Para quem tem recorrências, 4 a 5 é o número médio de episódios por ano.

536 milhões de pessoas no mundo estão infectadas com herpes genital segundo a JAMA.

Seroprevalence of Herpes Simplex Virus Type 2 Among Persons Aged 14–49 Years — United States, 2005—2008

 

58 comentários

  1. Salve Eduardo e demais amigos do site!

    To com uma dúvida gigantesca! Há 4 anos atrás, descobri que tenho herpes genital, mas só tive uma única crise, a derradeira em que descobri esse presente de grego. Fiz o exame e foi comprovado. Até ai tudo bem. Recentemente, começei a ter problemas por conta do prepúcio, pois a pele que fica ligada na glande começou a dificultar a exposição total do membro. Aí, conversando com meu urologista, ele disse, obviamente: “vamos tirar essa pele cara”. Rapidamente, eu perguntei pra ele: “doutor, você sabe me dizer, em termos de índices, se a remoção do prepúcio propicia uma maior incidência de recorrências de crises de herpes?” ele falou e falou, mas, no final, reconheceu que não sabe lhufas sobre esse dado.

    Parece bobagem né? mas conversando com um brother que é médico ele disse o seguinte:

    Como você tem prepúcio e ficou 4 anos sem ter uma crise de herpes (o que, seguindo ele, é raro), convém pesquisar na literatura se a remoção do prepúcio propicia surtos mais frequentes de herpes genital, no caso de homens que foram contaminados pelo virus da herpes 2 ainda com o prepúcio.

    Fiquei surpreso com esse questionamento levantado por meu amigo. Ele ainda disse mais: “cara, dê um tempo, pois o urologista vai querer passar a faca em vc pra ganhar a grana dele e se vc tiver surtos, ele ‘lava as mãos’ e vai te mandar tomar acciclovir. É isso, acabou a responsabilidade dele. Espere um pouco pois eu vou tentar conseguir informações com um professor que é infectologista e virologista pra saber se há alguma pesquisa sobre isso”. E aparentemente não há! Meu amigo não encontrou nenhuma informação. O prórpio professor confessou nunca ter pensado nesse assunto, mas disse que o fato merece ser observado, uma vez que não há tal observação na literatura.

    Dai preciso da ajuda de vocês prum ponderamento meu. Por favor, se possível me respondam:

    1) Vs que tem crises + frequentes são circundados?
    2) Caso sejam, a contaminação ocorreu antes ou depois da circuncisão?
    3) Se vc fez a circuncisão, vc notou aumento nas crises pós operação?

    Na real, eu consigo ter relação, mas o prepúcio esta incomodando um pouco. Mas assim galerinha, se houver a confirnação de que isso pode acarretar maior propensão a crises, eu não farei a circuncisão!!!

    Obrigado pela ajuda!!!

    1. Oi João,

      Dê uma olhada aqui:
      http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19915236
      Neste pequeno estudo a circuncisão parece ter diminuído a frequência de crises.
      Mas o estudo é muito pequeno para ter certeza.

      A circuncisão pode ajudar um pouco a evitar a infecção por herpes genital e HPV.
      Veja aqui:
      http://www.nih.gov/news/health/mar2009/niaid-25.htm

      Respondendo a suas perguntas…
      1) Eu não precisei fazer circuncisão.
      tive épocas de crises frequentes como conto no livro, mas hoje em dia tenho uma ou duas no ano.

      Minha opinião… vc tem que analisar o custo/benefício/risco. O quanto isso está te incomodando nas suas relações? O melhor sempre é não mexer a não ser que realmente seja necessário.

      Mas seria bem interessante saber estatísticas mais precisas sobre a circuncisão e a frequência de crises.
      Abraços,
      Eduardo Rosadarco

  2. Oi, tenho 33 anos e eu descobri q tinha HG no inicio desse ano quando tive minha primeira crise. Na epoca, eu namorava mas mesmo qd descobri, não conversei com ele sobre o assunto e logo depois, terminamos por outro motivo.Acredito que o “gatilho” foi minha menstruação que durou muito mais que o normal. Alem disso, não dei tanta importância pq costumava ter assaduras por causa do absorvente. Mesmo sentindo dores ao sentar e ao tomar banho, resolvi ficar até o dia planejado. Ao chegar em casa depois de alguns dias, resolvir olhar com calma a região e me assustei!!! As feridas eram horríveis…. chorei desesperadamente. Fui ao meu ginecologista e ele educadamente se eu tinha um namoradinho novo e disse que poderia ser herpes. Fiz o exame e ao receber a bomba pensei que minha vida tivesse acabado, vomitava constantemente. Tinha nojo de mim mesma, lavava as mãos constantemente, usava copo descartável e não usava o banheiro sempre que ia a casa de meus pais, com medo de transmitir o virus a alguem que amo…. Acho que meu pensamento era de ser possível infectar alguém so em estar perto…
    Hoje estou mais tranquila, mesmo achando que nunca mais irei ter coragem de me relacionar com alguem pq como a maioria aqui, não tenho coragem de contar a ninguém. E sempre que conheço alguem, ja tenho vontade de chorar so em pensar em contar e ser rejeitada.Não culpo a
    ninguém alem de mim. Mas fico mais tranquila por ter com quem conversar e tirar dúvidas.
    Mas uma delas é…. as vezes, sinto coceiras e ontem comecei a sentir a região um pouco dolorida. Apliquei aciclovir uma vez ontem e outra hj. Ja me sinto melhor mas o correto é usar varias vezes ao dia!? A região está avermelhada… nesses casos, eu devo complementar com o uso do comprimido?! meu ginecologista passou Penvir (acho que é esse o nome…rs)
    Tenho que comprar seu livro… acho que será mais fácil de tirar dúvidas pq na net, eu quero ler tudo ao mesmo tempo…. rsra

    1. Oi Claudia,

      Sim… os comprimidos irão te ajudar bastante. Pela minha experiência… a pomada ajuda, mas não chega nem perto dos comprimidos.
      Sim use o Penvir comprimido que seu médico receitou. Ele é mais caro que o aciclovir, mas é mais moderno.
      Porém também acho que depois vc pode falar com ele para usar o aciclovir pois tem um melhor custo/benefício.
      Lendo seu e-mail eu vejo que muitos dos assuntos que vc fala eu abordo em grande detalhe no meu livro… vc irá gostar, garanto. Vai te esclarecer muita coisa.
      Abraços,
      Edu

      1. Obrigada, Edu…. Irei comprar sim, pq percebo que vc leva uma vida normal e ainda não me sinto “normal” e tenho certeza que irei aprender a conviver melhor com isso.
        Agora lendo o que escrevi, vejo que acabei apagando algumas palavras. Quando eu tive a crise, eu estava viajando e achando que era uma simples assadura, resolvi ficar la até o final!!!
        Mais uma vez obrigada e continuarei mantendo contato!!
        Abraços!

    2. Oi Cláudia,
      Me chamo Ellen e compartilho da mesma frustração e insegurança.. porém te digo que dá sim para seguir em frente convivendo com a porcaria do Herpes.
      Se desejar aumentar o círculo de amizade… Ellenbloss@hotmail.com

  3. Galera, adoro esse espaço aqui. Já cansei de ficar revoltada por causa dessa doença. Peguei do meu namorado há 4 anos e meio e estamos juntos há 7 anos. Ele não sabia que tinha a doença e NUNCA teve uma recidiva também. Chegamos até a cogitar que eu tinha pego de outro alguém, mas o único relaciomaneto que tive foi com ele, então ele fez o IgG e lá estava ela. Estou na terceira e pior crise que já tive. Gostaria de saber se alguém já teve uma crise pior do que a primeira, pois eu estou começando a ficar muito preocupada! Meu médico receitou a pomada imunomax (nunca usei, depois falo da minha experiência com ela) e um medicamento pra aumentar a imunidade, imunotransferan. Este eu já havia usado por 3 meses depois da primeira crise. E tbm faço uso do famoso aciclovir, falta água na minha casa mas não falta isso. Só pra descontrair! rs. Edu, mais uma vez, parabéns pelo site.

    1. oi euzinha , tenho crises fortes quando tomo muita cerveja são tão fortes quanto a primeira vez , então evito tomar muito , faço tratamento supressivo com aciclovir 200mg polivitaminico e leucogen.

  4. Eduaro, por favor, substitua o texto acima por esse corrigido:

    Oi Eduardo.

    Fui infectado a dois anos pelo herpes genital e comprei o seu livro. Achei muito esclarecedor. Porém, tenho algumas dúvidas. Você diz que chega a transar sem camisinha com sua esposa. Você faz algum tratamento supressor não é? O pai de um amigo meu tem herpes genital e ele criou um tratamento próprio, onde ele toma um aciclovir todo dia, a mais de 20 anos. É o tratamento supressor mais longo que conheço. Você já leu sobre algo semelhante? Você chegou a pesquisar sobre efeitos colaterais dos anti-virais, bem como a dependência que o uso prolongado dessas medicações provocam (quando deixa-se de tomar esses medicamentos, o sistema imunológico, por sí só, pode não ser capaz de lutar contra as recidivas)?

    No mais, gostaria de dividir com os colegas do site a minha experiência de combate à esse vírus dos infernos. Mas o meu caso é bem diferente, devo dizer, uma vez que sou um natureba (não faço uso de medicamentos como anti-gripal, aspirina, tylenol, nem mesmo anti-virais, não consumo álcool regularmente e nem fumo, sendo por assim dizer um caretão total), vegetariano convicto a quase 10 anos, não consumo açucar (branco ou refinado, imunodepressores por natureza nem tampouco chocolate, riquíssimo em arginina), praticante de auto-hemoterapia (por motivos de alergias crônicas que antecediam o problema da herpes), e do controle de alimentos ricos em arginina. No início foi um baque, pois, já que eu era vegano rigoroso (não comia diariamente nenhum tipo de proteína animal, nem mesmo leite e queijo), boa parte dos carboidratos naturais dos veganos (aipim, inhame, arroz integral) contém arginina. Para contornar esse problema, reduzi o consumo desses alimentos, inseri um complexo vitamínico (vitaminereal plus, segundo nutricionistas de diversas universidades federais do Brasil, o melhor de todos) e inseri, infelizmente o ovo na minha alimentação. Igualmente, também inseri o extrato de própolis aquoso, que não contém álcool, um imuno depressor (http://www.unicamp.br/unicamp/unicamp_hoje/ju/agosto2009/ju439_pag09.php). Mas quer saber? deu certo. Pois, durante os 6 meses após o primeiro surto, quando ainda era vegano, ainda que não ocorressem eclosões como a do promeiro surto, com feridas e bolhas, bastava dormir mal e havia uma leve vermelhidão na glande. Ao menor sinal desse problema, utilizava bicarbonato de sódio diluído em água e tratava de regularizar o sono, o que fazia com que a vermelhidão, a coçeirinha e o formigamento, sintomas iniciais, sumissem. Após inserir um ótimo suplemento vitamínico, o ovo, o extrato de própolis e suco de laranja quase todo dia, combinado à auto-hemoterapia, devo dizer que não tive mais ameaças de recidivas. Por conta disso, não tenho recorrido ao bicarbonato de sódio. Isso tem me tranquilizado muito.

    Contúdo, diante do sucesso relatado acima, devo dizer que minha cuca ainda não esta 100%, pois ainda não tive coragem de buscar uma outra parceira, visto que meu último relacionamento (que terminou a 2 anos) chegou ao fim pouco tempo depois deu ter contado que era portador desse vírus nefasto. Assim, ainda me sinto super inseguro em buscar um novo relacionamento. A pergunta que te fiz no início provém do fato de que eu imagino que o consumo de anti-virais traria maior segurança para uma eventual parceira. O problema é que eu não me animo a utilizar remédios frequentemente, pois venho duma linha que acredita que o corpo, desde que alimentado da maneira correta, é capaz de combater grande parte de vírus e bactérias circundantes. Desse modo, creio que eu precisaria me trabalhar muito pra flexibilizar essa tendência.

    Em tempo, você viu essa notícia?

    http://www.meionorte.com/noticias/geral/incrivel-empresa-australiana-cria-preservativo-que-pode-matar-os-virus-do-hiv-herpes-e-hpv-255234.html

    Obrigado por criar um ambiente de discussão e de esclarecimento.

    Forte abraço.

    1. Oi Rodrigo,

      Vou tentar responder as suas perguntas…
      – sim fiz tratamento supressivo por muitos anos seguidos.
      – o tratamento “próprio” que o pai do seu amigo “criou” nada mais é do que um tratamento supressivo.
      – como conto no livro, a ciência já tem uma grande experiência com o tratamento supressivo pois o antiviral aciclovir é um remédio usado desde a década de 80 quando foi criado.
      O uso prolongado do aciclovir já foi extensamente estudado, e se mostrou seguro e eficiente. Claro que como cada ser humano tem particularidades diferentes, é recomendado que o médico pessoal de cada um faça o acompanhamento. Não causa efeitos colaterais significativos e não vai causar dependência nem enfraquecer o sistema imune pois ele age na replicação do vírus.
      – Como conto no livro… sim foi demonstrado em uma pesquisa uma redução de 50% na transmissão do vírus em pessoas que estavam tomando valaciclovir supressivamente, por isso, como o aciclovir age de forma bem semelhante é lógico assumir que o efeito dele também pode trazer esse benefício.

      Vejo que vc cuida bastante da sua alimentação e do sono… isso é um fator muito importante mesmo… porém só não concordo com a auto-hemoterapia na minha opinião.
      Olhe… eu respeito e entendo a sua filosofia de não usar remédios, porém a ciência também deve levar seu crédito pois muitos remédios e vacinas estão aí salvando vidas e ajudando muitas pessoas diariamente.
      Na minha opinião o tratamento supressivo deve ser usado mais com a intenção de diminuir crises frequentes aliado às outras dicas que coloco no livro.
      Também acho que se for possível a redução da ingestão da quantidade de remédios é importante… mas sempre temos que avaliar risco/benefício.

      Ha … essa notícia da camisinha que diz que mata vírus…kkkkk… me fez rir muito. Pura jogada de marketing!
      Qualquer preservativo que vc use vai ajudar a diminuir a transmissão… principalmente da Aids, já contra a herpes é parcial pois o vírus pode estar em outro lugar da genital.

      Abraço
      Eduardo Rosadarco.

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